Design Thinking: Tire ideias criativas do papel em 5 passos

Olá meus amigos, esse é o primeiro post do nosso Blog e não poderíamos falar de outro assunto que não fosse o design thinking. Talvez você seja como eu já fui, com muitas ideias criativas na cabeça sem saber como torná-las realidade. Talvez você esteja pensando em desenvolver um novo produto, um novo negócio ou simplesmente precisa resolver um problema, mas ainda não encontrou uma forma de fazer isso acontecer. Pois fique tranquilo (a), o objetivo desse artigo é te ajudar a tirar essas ideias criativas do papel em apenas cinco passos.

Por trás de toda realização existe um processo e na maioria das vezes o que nos falta é conhecer esse processo. Existe uma abordagem que nos ajuda a resolver problemas, desenvolver novos projetos e criar produtos inovadores que tem sido usada pelas grandes corporações como a Apple, a Nike chamada de Design Thinking e nesse artigo você vai aprender:

• O que é Design Thinking
• Como aplicar o Design Thinking as minhas ideias?
• Passo 01: Empatia – Entender o desafio
• Passo 02: Definição
• Passo 03: Ideação
• Passo 04: Protótipo (MVP)
• Passo 05: Testes e Melhorias
• Conclusão

O que é Design Thinking

Design Thinking não é um método, mas um norte, uma abordagem, é uma forma de pensar e estruturar ideias que surgiu dentro do design e ajuda a resolver problemas de todos os tipos. Ainda assim tenha calma, não estamos falando aqui apenas de criações estéticas de design. Essa abordagem une mindset com plano de ação, criatividade com o mundo corporativo combinando as necessidades e o desejo das pessoas com a capacidade criativa de realizar, e resolver problemas complexos com o foco nas pessoas, ou seja, no usuário.

O crédito da criação dessa abordagem é dado aos profissionais David Kelley e Tim Brown da empresa de consultoria IDEO no início dos anos 90, quando passaram a resolver os problemas de seus clientes por meio de projetos que trabalhavam o olhar, a criatividade e a experimentação. Dessa forma estruturaram o Design Thinking, gerando soluções revolucionárias. Embora essa abordagem tem ganhado cada vez mais espaço no mundo corporativo atualmente, as raízes de sua criação foram inspiradas no design.

A ideia é uma mistura de simplicidade com eficácia, olhando as situações de todos os aspectos possíveis e encontrando a melhor forma de realizar os projetos através da experimentação. Assim, solucionar os problemas de maneira inovadora mantendo em vista sempre o usuário final que irá desfrutar do que foi criado.

Gostou dessa abordagem?
Vamos então te mostrar como aplicá-la aos seus projetos nos próximos tópicos.

Como aplicar o design Thinking as minhas ideias?

O Design Thinking, também conhecido como duplo diamante, é um processo centrado no ser humano, ou seja, a criação tem como objetivo ser útil, fácil de executar e de fácil acesso ao usuário final. Logo, o processo é interativo de expansão e fechamento, também conhecido como divergente e convergente. O processo completo é divido em três etapas: Inspiração, criação e entrega e essas etapas são executadas em cinco passos como ilustra o diagrama abaixo:

Passo 01: Empatia – Entender o desafio

Essa é a primeira etapa de expansão, é o momento de coletar informações buscando o máximo de dados possíveis. Aqui seguimos duas direções:

1. Entender o desafio

Nessa parte precisamos entender todo o contexto e a realidade na qual o projeto será aplicado. Logo, quanto mais informações você conseguir melhor. Aqui precisamos entender todo o contexto e a realidade na qual o projeto será aplicado. Nesta etapa, quanto mais informações você conseguir melhor. Por exemplo, pesquisa de mercado, feedbacks dos clientes, desempenho dos funcionários, cultura organizacional. Procure analisar o máximo do cenário possível, uma recomendação aqui é a análise de SWOT que te ajudará identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do projeto.

2. Empatia

Lembra que o processo tem como foco o ser humano, o usuário final?! Logo, a primeira etapa é a empatia de compreender esse público.

Nessa etapa, é importante questionar: Quem são essas pessoas? Como elas lidam com o problema? Quais são suas necessidades? Quais suas dores? Quais seus anseios? Esse é o momento de compreender, sentir e se colocar no lugar do outro.

Para te ajudar nessa fase, você pode seguir o Canva abaixo:

Passo 02: Definição

Após compreender o ser humano que vai utilizar o que está sendo projetado, os detalhes sobre o problema e as possibilidades disponíveis, é hora de analisar os dados coletados e elaborar uma síntese para guiar o processo de criação.

Aqui temos uma visão clara sobre o que estamos criando, quais os objetivos dessa criação e é onde acontece o planejamento das ações que precisam ser realizadas para que a abordagem tenha um resultado eficiente.

É importante que os detalhes dessa etapa sejam documentados e apresentados de forma visual, para que se tenha um bom acompanhamento do projeto. Ou para quem gosta de post its, essa é uma boa opção.

Passo 03: Ideação

Essa é a famosa fase do brainstorming. Com uma visão clara e objetivos definidos, agora é hora de pensar em ideias, formas e meios nos quais o objetivo possa ser alcançado de forma eficiente, eficaz e inovadora. O importante é deixar as ideias fluírem sem julgamentos, não descarte nem uma ideia inicialmente, mas tente ter o maior número de opções possíveis.

Após o brainstorming, selecione as melhores ideias tendo como filtro as informações obtidas na segunda fase do projeto, as definições que estão servindo de diretrizes para o objetivo que precisa ser alcançado.

Lembre-se sempre, o propósito do Design Thinking é que aquilo que esteja sendo criado seja funcional para o usuário final, não para satisfazer os criativos. É importante pensar: Essa ideia é aplicável? É viável? Corresponde aos objetivos propostos? Segue as direções determinadas?

Com isso em mente, você pode até mesmo fazer uma votação entre sua equipe por meio de post its ou como achar melhor para definir qual a melhor dentre as opções.

Passo 04: Protótipo (MVP)

Aqui é onde, literalmente, tiramos as ideias do papel e damos a elas vida no mundo físico. Tendo em mente que o projeto está em desenvolvimento, não há necessidade de ser perfeito desde que seja aplicável. Esse é um bom momento para construir um MVP (Mínimo Viável do Produto) e fazer testes se no mundo real essa ideia irá mesmo funcionar. O projeto será bem mais sucedido se nessa fase outras pessoas interagirem com ele, então pense: Como posso saber se isso vai ser útil para o usuário? E tente aplicar.

Se o que você está desenvolvendo é uma estratégia, uma parede de post its seria útil. Se é um curso, crie uma aula. Se é um projeto online, crie uma página apenas. Se é um produto, faça uma unidade.

Protótipos te permitem falhar com baixo custo e, algo importante aqui, é não se apegar ao protótipo criado. Tenha sempre em mente o usuário final, assim evita de cair na armadilha de se apegar a uma ideia só porque ela é sua, ao invés de construir um projeto melhor.

Passo 05:  Testes e melhorias

Esse é o momento da ação onde você coloca em prática o que foi criado e analisa os resultados. Se criou uma aula, ensine para alguém, se foi uma página, envie a seus amigos, se foi um produto, peça para alguém utilizá-lo. A questão é colocar em prática!

Analise o desempenho dos testes, anote o que pode ser melhorado e faça essas melhorias. O usuário, que esteve em nossa mente durante todo o processo, agora pode fazer um uso real onde avaliamos se os objetivos foram alcançados ou não.

Aqui, você pode avaliar e melhorar tudo em seu protótipo para que o produto final seja criado da melhor forma possível.

Conclusão

O Design Thinking é uma abordagem que une a maneira de pensar dos designers com as práticas estratégicas do mundo corporativo e embora exista um processo, ele não é linear. Muitas vezes, já se tem um produto que precisa ser melhorado, ou já se tem alguma fase do projeto e você pode continuar de maneira ambígua. Lembre-se, que o “Pensar Design” não é um método, mas uma abordagem que tem se mostrado muito eficaz nas grandes empresas do mundo.